Foto: Parque eolico em João Câmara |
O Estado do Rio Grande do Norte ultrapassou, nesta quinta-feira (16 de abril), a
marca de 2 GW de potência eólica instalada em seu território.
O feito se deu com a entrada em operação comercial de 18 unidades
geradoras, somando 29.160 MW do parque eólico Morro dos Ventos II, de
propriedade da empresa CPFL Renováveis S/A, instalados no município de João
Câmara, região do Mato Grande.
Com isso, o RN chega a uma potência instalada de 2.020,157
MW. São 1.133 turbinas eólicas distribuídas por 75 usinas em todo o
Estado. O relevante fato ocorre a menos de 1 ano da quebra da barreira de 1 GW,
que se deu em maio de 2014 e apenas três anos após o Brasil ter atingido a
mesma marca, em 2012.
“-O Rio Grande do Norte é o primeiro estado a ultrapassar a
barreira dos 2GW eólicos, o que nos coloca em uma posição ímpar. Além disso,
temos a maior matriz eólica estadual do Brasil”, diz o diretor de energia
eólica do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Milton
Pinto, reforçando que atualmente 80% da energia consumida no Estado vem
de fontes eólicas.
O valor de 2,02 GW produzidos no RN supera vários países europeus
como Grécia, Bélgica e Noruega, se equiparando aproximadamente a Irlanda e
Áustria. Sozinho, o RN supera também o montante de potência instalada de todos
os países da América do Sul juntos, com exceção do Brasil. Atualmente, a
capacidade eólica nacional instalada é de 5.841 MW, de acordo com dados
da ANEEL.
Para o presidente do CERNE e do Sindicato das Empresas do Setor
Energético do RN (SEERN), Jean-Paul Prates, a quebra desse recorde é
resultado do longo trabalho que vem sendo feito há quase uma década e que
comprova o imenso potencial do Estado. “-Quando aceitei o desafio de
desenvolver a energia eólica para o RN, sabia que havia uma riqueza gigantesca
a ser explorada. Foi um trabalho em várias frentes, envolvendo várias pessoas.
O resultado é esse: em menos de um ano quebramos dois recordes: o do primeiro Gigawatt
e agora o segundo. Agora mesmo, o RN volta a aparecer em primeiro lugar
em projetos habilitados para o leilão de 27 de abril.
Esse é um processo sem
volta. Havendo contínuo apoio governamental, estou certo que o destino do RN é
manter-se na liderança nacional em energia eólica por muitos anos”, afirmou
Prates.
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