A Câmara
Municipal de Vereadores de Caicó, cidade da região Seridó do Rio Grande do
Norte, discutiu em audiência pública nesta quinta-feira (11) a tecnologia que
"faz chover" através da ionização atmosférica como alternativa para o
combate à seca.
Dois empresários paulistas vieram ao estado do RN para apresentar o funcionamento da metodologia aos caicoenses. De acordo com Cássio Clemente, Ceo da Rain & Co, empresa que representa a tecnologia no Brasil, o método de ionização da atmosfera através da eletrificação já foi usado com sucesso em países como México, Cuba, Rússia e Israel.
Ele explicou que “cargas elétricas são jogadas na
atmosfera e descarregam íons que começam a adensar moléculas de água. As
moléculas vão se juntando até que tem a formação de nuvens e a precipitação”. A
tecnologia foi desenvolvida em Israel. O uso dela depende da construção de
estações compostas por torres: uma de 8 metros e sete menores de 3 metros. “As
torres menores são dispostas ao redor da principal, num raio de 150 metros,
interligadas eletricamente, e têm uma fonte de energia muito pequena de 1
kilowatt. Essa energia sai de baixo para cima, das torres menores para maiores,
e acontece o processo eletromagnético. A energia se dispersa na atmosfera,
eletrifica a atmosfera e começa o processo de adensamento”, disse Cássio.
Estima-se que sejam necessárias seis estações no
Rio Grande do Norte. A construção de cada uma custa em média R$ 12 milhões e
leva de 90 a 120 dias. “Duas semanas após a instalação já está chovendo”,
disse o empresário. Segundo ele, em três anos será possível repor o volume dos
reservatórios. “Não é um experimento, um teste, é uma tecnológica que já tem 15
anos e resultados comprovados em outros países”, afirmou.
Não é tão simples como parece
Alternativas viáveis
Não é tão simples como parece
Precipitação de chuva ao longo dos meses do ano no mundo: as regiões azuis são as regiões com maior precipitação |
Segundo o aluno de Ciências Biológicas da UFRN, Maurício Fernandes, é necessário que se diga que nem toda
nuvem produz chuva e também que ainda que essas torres possam formar nuvens
através da ionização atmosférica a precipitação de água, ou chuva, depende de
fatores sazonais como: estação do ano, evapotranspiração, umidade
do ar, temperatura atmosférica, ventos, dentre outros. Com isso uma
nuvem pode ser formada em uma localidade e chover a dezenas
ou centenas de quilômetros do local de onde se originou, não havendo
como prevê o local exato da precipitação.
Alternativas viáveis
Buscar alternativas para um possível
colapso de água em Caicó é necessário, além de adutoras uma das mais
promissoras seria a perfuração de poços artesianos em localidades onde se tem
um lençol freático favorável como já foi citado algumas vezes em Caicó por
pessoas entendidas no assunto. Na certa 12 milhões de Reais daria para
construir em cada bairro de Caicó vários poços artesianos resolvendo o problema
da falta d'água. Há exemplo de alguns países da Europa onde até 85% da
população obtém água do subsolo.
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