Dia 10 de setembro é o dia mundial de prevenção do suicídio. No Brasil, em média 28 pessoas tiram as suas próprias vidas todos os dias e, para cada morta, há cerca de 15 tentativas. Infelizmente, muitos ainda veem o suicídio com um tabu social, não um problema de saúde. A Revista Galileu, com base em entrevistas com psicólogos e psiquiatras, elaborou um tópico sobre 6 sinais de alerta sobre o comportamento suicídio.
Resumimos eles aqui:
1. Frases de efeito
Muitos acreditam que as pessoas que falam sobre suicídio só querem chamar a atenção, e não pretendem na verdade acabar com suas vidas. Segundo os médicos, isso é um mito. De fato, muitos que pretendem cometer suicídio vão falar sobre o assunto, mais como um pedido indireto de ajuda. Portanto, sempre que ouvirmos frases como “não aguento mais”, “quero sumir” ou “quero morrer”, é importante conversar com a pessoa ou oferecer auxílio médica.
2. Mudanças bruscas
Faz parte de nossas vidas enfrentar grandes mudanças, mas nem todas as pessoas estão preparadas para elas, principalmente se forem grandes, trágicas e inesperadas, como a perda de um emprego ou de um ente querido. A situação piora ainda mais quando essa mudança atinge pessoas que já vinham enfrentando depressão ou outros problemas psíquicos. Portanto, se você notar algum conhecido ou parente que passou por uma mudança brusca e está tendo dificuldade em lidar com ela, é importante conversar e explicar que é apenas uma fase.
3. Drogas e depressão
De acordo com os pesquisadores, quase todas as pessoas que se suicidaram apresentavam algum problema mental, sendo o mais comum a depressão. Pessoas com esses problemas devem receber maior atenção. Se a pessoa ainda for usuária de drogas ou álcool, a atenção deve ser redobrada. Segundo os médicos, transtornos de humor associados ao uso de substâncias psicoativas são responsáveis diretamente por mais da metade dos suicídios.
A maioria das pessoas que se suicidam apresenta depressão, mas nem todos que têm depressão, mesmo grave, vão se suicidar. De fato, apenas 15% das pessoas com depressão grave tiram suas próprias vidas. Mesmo assim, é importante ficar atento quando a pessoa não demonstra interesse na vida e nos outros. Uma pessoa muito deprimida perde o interesse por tudo e por todos e se fecha para si, com uma baixa autoestima.
4. O problema está começando cada vez mais cedo
Índices de suicídios entre jovens no Brasil aumentaram consideravelmente na última década. Geralmente, o comportamento errático normalmente atribuído como comum aos adolescentes pode ser um sinal de intenção de suicídio. Os médicos explicam que é um mito que a depressão atinge somente pessoas mais velhas. Na verdade, a doença pode atingir adolescentes, e é bem mais comum do que se imagina. Um dos sintomas é o adolescente se trancar no quarto e não querer falar com ninguém, uma vez que ele não consegue expressar sua angústia de outra forma.
5 – Tentativas recorrentes
De acordo com estatísticas, para cada 1 suicídio, há entre 10 e 20 tentativas. Isso significa que quem tenta tirar a própria vida, mas não consegue, vai tentar de novo, ficando cada vez mais vulnerável. Uma tentativa de suicídio é o maior preditor de uma nova tentativa. Caso isso aconteça, a pessoa deve receber auxílio médico imediato.
6 – Alegria espontânea
Pacientes com depressão severa podem simular uma melhora repentina. Foi o que aconteceu com um paciente do psiquiatra Aloysio Augusto d’Abreu. Ele fingiu estar feliz para passar o final de semana em casa, e lá usar uma espingarda para se matar. Portanto, se uma pessoa muito deprimida mostrar-se subitamente feliz, é de suma importância acompanhá-la para garantir que ela não vá tentar tirar a própria vida.
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