sexta-feira, 12 de junho de 2015

Tecnologia que 'faz chover' foi discutida em audiência pública em Caicó

A Câmara Municipal de Vereadores de Caicó, cidade da região Seridó do Rio Grande do Norte, discutiu em audiência pública nesta quinta-feira (11) a tecnologia que "faz chover" através da ionização atmosférica como alternativa para o combate à seca.







Dois empresários paulistas vieram ao estado do RN para apresentar o funcionamento da metodologia aos caicoenses. De acordo com Cássio Clemente, Ceo da Rain & Co, empresa que representa a tecnologia no Brasil, o método de ionização da atmosfera através da eletrificação já foi usado com sucesso em países como México, Cuba, Rússia e Israel.

Ele explicou que “cargas elétricas são jogadas na atmosfera e descarregam íons que começam a adensar moléculas de água. As moléculas vão se juntando até que tem a formação de nuvens e a precipitação”. A tecnologia foi desenvolvida em Israel. O uso dela depende da construção de estações compostas por torres: uma de 8 metros e sete menores de 3 metros. “As torres menores são dispostas ao redor da principal, num raio de 150 metros, interligadas eletricamente, e têm uma fonte de energia muito pequena de 1 kilowatt. Essa energia sai de baixo para cima, das torres menores para maiores, e acontece o processo eletromagnético. A energia se dispersa na atmosfera, eletrifica a atmosfera e começa o processo de adensamento”, disse Cássio.

Estima-se que sejam necessárias seis estações no Rio Grande do Norte. A construção de cada uma custa em média R$ 12 milhões e leva de 90 a 120 dias. “Duas semanas após a instalação já  está chovendo”, disse o empresário. Segundo ele, em três anos será possível repor o volume dos reservatórios. “Não é um experimento, um teste, é uma tecnológica que já tem 15 anos e resultados comprovados em outros países”, afirmou.
Não é tão simples como parece
Precipitação de chuva ao longo dos meses do ano no mundo:
as regiões azuis são as regiões com maior precipitação
Segundo o aluno de Ciências Biológicas da UFRN, Maurício Fernandes, é necessário que se diga que nem toda nuvem produz chuva e também que ainda que essas torres possam formar nuvens através da ionização atmosférica a precipitação de água, ou chuva, depende de fatores sazonais como: estação do ano, evapotranspiração, umidade do ar, temperatura atmosférica, ventos, dentre outros. Com isso uma nuvem pode ser formada em uma localidade e chover a dezenas ou centenas de quilômetros do local de onde se originou, não havendo como prevê o local exato da precipitação.

Alternativas viáveis
Buscar alternativas para um possível colapso de água em Caicó é necessário, além de adutoras uma das mais promissoras seria a perfuração de poços artesianos em localidades onde se tem um lençol freático favorável como já foi citado algumas vezes em Caicó por pessoas entendidas no assunto. Na certa 12 milhões de Reais daria para construir em cada bairro de Caicó vários poços artesianos resolvendo o problema da falta d'água. Há exemplo de alguns países da Europa onde até 85% da população obtém água do subsolo.

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